“A moeda, como hoje é conhecida, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor.

Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito.

As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem permutados.”

Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar o seu valor. Eram as moedas–mercadorias.”

“No cerne de toda a análise econômica moderna — e tem sido assim desde a época de Adam Smith — está a importância da divisão do trabalho. A divisão do trabalho permite que nós nos especializemos exatamente naquilo em que somos bons. É por meio da divisão do trabalho que conseguimos descobrir que, quando nos especializamos naquelas áreas em que possuímos uma vantagem comparativa e competitiva, passa a haver uma maior demanda por nossos serviços e, consequentemente, uma maior riqueza ofertada em troca de nossos serviços.”

“Há somente uma maneira de comprarmos exatamente aquilo que queremos em uma economia baseada na divisão do trabalho: por meio de um sistema monetário que estipule preços aos bens e serviços. Preços transmitem informação, e esta informação é crucial para a sobrevivência da economia moderna.”

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro

“Sem o dinheiro, não há nem civilização e nem progresso” – capítulo do livro “O que o governo fez com o nosso dinheiro”, de Murray Rothbard – link: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1502

“Vamos abolir o dinheiro para sermos felizes!”, artigo publicado em https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1755


0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.