Recentemente li a obra “O Poder da China”, de Ricardo Geromel. Livro com vários tópicos interessantes para entender não só a China mas o mundo nesse contexto tecnológico atual.

São vários os exemplos que ressaltam a importância de se investir massivamente em tecnologia para produzir riquezas. A luta por espaço no cenário econômico mundial será, de fato, entre aqueles países que colocam a tecnologia como um dos elementos centrais em seus investimentos. É preciso pensar e colocar em prática um ambiente propício para que a inovação aconteça de fato. É fundamental também que se invista fortemente em educação para a tecnologia, em todos os níveis.

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A obra traz vários pontos sobre como a China e outros países, especialmente EUA, têm se preparado para esse cenário. Um exemplo são os investimentos em inteligência artificial (AI) feito por estes países, e que possíveis reflexos isso terá em um futuro muito próximo. O livro cita as palavras de Sundar Pichai (CEO, Google):

“Inteligência artificial é provavelmente a coisa mais importante que a humanidade já desenvolveu. Eu penso nisso como algo ainda mais profundo do que eletricidade ou fogo”.

Nas palavras do autor do livro, “diferentemente da revolução industrial, na revolução da IA os trabalhos mais simples não serão automaticamente eliminados pelas máquinas. Os mais rotineiros, sim, mas a eliminação dos mais manuais será mais complicada. É muito mais fácil construir complexos algoritmos de IA do que robôs inteligentes. (…) Obviamente para ter uma boa IA, precisa-se de muitos dados para treinar as máquinas. Eu tenho receio de que a IA vai destruir os mecanismos de competição que estamos acostumados e vai criar alguns poucos vencedores donos de monopólios.”

Outro exemplo apresentado na obra que reflete um pouco a dimensão da economia chinesa:  “o blog do Bill Gates revelou que a China usou mais concreto em três anos do que os Estados Unidos no século XX inteiro! Essa estatística é tão chocante que o The Wasghinton Post escreveu uma matéria investigando”, e confirmando afirmação.

“A internacionalização das empresas de tecnologia da China geralmente começa pelo Sudeste Asiático, pois há uma enorme população ali, grande número de chineses, proximidade geográfica e aceitação do capital chinês”.

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Sobre QR Codes: “Um QR code multi-URL redireciona o usuário para diferentes páginas da web, dependendo de certos fatores, que podem ser hora, data, localização, tipo de dispositivo do usuário ou outros. Um exemplo prático: você é dono de um shopping; na entrada do estabelecimento, coloca um QR code gigantesco que pode ser visto da rua. O objetivo daquele QR code é convencer as pessoas a entrarem no shopping. Então a cada dez minutos você vai oferecer uma promoção diferente. Por exemplo, compre um leve dois na loja X, item por metade do preço na loja Y etc. O QR code é o mesmo, sempre. Mas quando as pessoas escaneiam, dependendo do horário nesse caso, elas são direcionadas para diferentes páginas.”

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O autor também traz as grandes mudanças que os mercados estão passando, como é o caso dos restaurantes: “A comida que amávamos não vinha de um restaurante; vinha de uma cozinha virtual, que é um localatrás de um estacionamento. Ninguém vai ver o local. Não precisa investir na aparência do estabelecimento, apenas focar na comida e na velocidade do preparo. O cliente geralmente vai se importar mais com 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲𝗴𝗮, 𝗮 𝗾𝘂𝗮𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝗮 𝗮𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗶𝗱𝗮.”

O livro o “Poder da China”, de Ricardo Geromel, é daqueles que vale bastante a leitura para quem quer conhecer com mais detalhes as razões que tem feito a China se destacar globalmente, especialmente nos aspectos tecnológicos.


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